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Ana Pinto

Blog Literário

Ana Pinto

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Insilêncio

– Paradigma da Palavra –

Junho 01, 2025

Insilêncio 4.jpg

Procuro o silêncio

Dentro do ruído.

Oiço música alto,

A ver se o consigo.

 

Fecho os olhos ao mundo.

Isolo o canto dos pássaros.

Sirenes de ambulância ao fundo,

Intermitentes com as buzinas de impaciências

e os brados dos cansaços.

 

Faço sandwich de cabeça

Entre fatias de almofada,

Só para escutar o intervalo latente

Entre o vento

A chuva e a trovoada.

 

Nada disto funciona,

Tudo é vão e absurdo!

O silêncio não vem.

Sou refém

Deste fragor mudo

Deste incessante burburinho,

Deste insilêncio pequenino,

Que não cresce nem desaparece,

Não murcha nem floresce.

 

Não mirra, não migra, não morre,

Vive cá dentro como pode,

Sereno e encolhido

Na sua modesta brandura.

Sou a sua casa eterna,

Paredes-meias com a loucura.

 

«Insilêncio» - Reel

 

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