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Ana Pinto

Blog Literário

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Rio

Quando houver silêncio

– Prosas Soltas –

Outubro 24, 2025

Quando houver silêncio Prosas Soltas.jpg

Quando houver silêncio, vivo – no ruído, só existo.

Mas o ruído nunca quer ceder; percorri décadas apenas a existir, sem nunca ser.

É preciso encontrar o silêncio cá dentro, mergulhar no som do nada, um filme mudo cheio de tudo. De tudo o resto, do Todo partido e repartido, desfolhado suavemente na clareira de uma floresta tranquila.

Só então o som da alma surgirá, seguro e são. Só então o som de ser se ouvirá, sagrado e simples.

É preciso encontrar o silêncio, é preciso encontrá-lo antes da morte.

Quando houver silêncio, haverá vida. E eu quero viver.

 

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